Eu.
Lembro-me quando o “eu” não era o “meu eu” e não era mais do que o “eu” que eu queria que eles gostassem.
E se hoje mudei, sei que hoje não há razões para que o “eu” não seja o “meu eu”.
E orgulho-me, porque hoje não devo nada a ninguém, não tenho que dizer que sim e que não porque eles preferem.
Eu vejo, oiço e sinto.
E não passo do que vejo, oiço, e sinto. E se isso me faz o que sou hoje, que seja.
Não vou fugir do que vejo, desprezar o que oiço, e evitar o que sinto. Porque é isso que me faz.
E se um dia chegar a algum lado, pelo o que o meu “eu” é, vou olhar para trás e rir-me do que o meu “eu” foi, e dos “eus” deles que não são (tens vergonha?), e saberei que o meu “eu” sou eu, todo eu, e não é mais ninguém.
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